domingo, 16 de novembro de 2008

Artigo: Palavrões

Palavrões
Seu filho começa a dominar a linguagem e esta se sentindo tão poderoso quanto os super-heróis da teve. Cada vez mais, quer se parecer com os pais e com outros adultos que admira. Quando imita o jeito de andar da mãe ou a pose do avo ao volante do carro, todo mundo acha engraçadinho e fica por isso mesmo. Mas... e quando a criança repete os palavrões cabeludos que o pai ou o tio deixam escapar?A grande maioria das famílias se sente incomodada diante dessa situação. Nesse caso, não adianta simplesmente proibir: a criança não compreende por que não deve dizer os chamados "nomes feios" - alias, nem sequer entende por que seriam feios. Segundo a psicóloga Isabel Kahn, há duas posturas possíveis. Os pais podem fingir que nem notaram. Sentindo-se ignorada, a crianças tende a deixar de dizer aquelas palavras que, no fim das contas, não provocam impacto nenhum. É preciso, porém, que os pais sejam bons atores e convençam o filho que nem ouviram o que eles disse. A criança não entende a implicância dos pais com o palavrão - ma é esperta o suficiente para perceber quando eles estão fingindo não lhe dar atenção.A segunda alternativa é reprimir, como fariam com qualquer outro gesto da criança que não é aceito pela família. Cada vez que disser um palavrão, ele deverá ser corrigida e lembrada de que não é bonito faze-lo. Se perguntar porquê, tenha a resposta na ponta da língua "Porque aqui em casa ninguém gosta de ouvir essa palavra". É óbvio que, para que essa tática dê certo, é preciso que os pais nunca fale os palavrões - afinal, ela está apenas repetindo. Descoberto o responsável pelo exemplo, uma boa conversa pode resolver o problema.É claro que reprimir nem sempre dá bons resultados. A criança pode se sentir o máximo fazendo algo que não é permitido. O consolo é que, por volta dos 4 anos, ela começará a entender o sentido do que fala e, se os pais deixarem claros os limites, em breve os palavrões vão desaparecer.

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